Crítica 3ª temporada Flash: Foi legal, mas bem previsível!

A terceira temporada de The Flash estava sendo aguardada com grande expectativa pelos fãs, muito por culpa da adaptação do famoso arco dos quadrinhos, Ponto de Ignição. Agora que os episódios chegaram ao fim, está na hora de fazer um balanço de tudo aquilo que se passou ao longo da temporada.

Será que The Flash esteve à altura das expectativas? A temporada da série do Velocista Escarlate voltou a ser a melhor do Arrowverso? Descubra com a nossa crítica!

O Ponto de Ignição foi uma desilusão

Ninguém falava de outra coisa, logo após ter sido anunciada, todo mundo estava aguardando ansiosamente pela adaptação do arco do Ponto de Ignição para a telinha. No entanto, a série não conseguiu corresponder às expetativas dos fãs.

O Ponto de Ignição apenas durou dois episódios e não teve qualquer semelhança com o famoso arco dos quadrinhos. Tudo isso poderia ter sido esquecido se a adaptação tivesse sido bem feita, mas infelizmente não foi o caso.

Um arco desta importância deveria ter sido explorado de uma forma mais eficaz, talvez utilizando mais episódios e alastrando de uma forma mais efetiva as alterações à linha temporal para as outras séries do Arrowverso.

Muito potencial desperdiçado

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Esta foi uma constante ao longo da temporada, existiram muitos personagens que foram literalmente desperdiçados. Por exemplo o Rival, que nos quadrinhos é o Flash Reverso do Jay Garrick, foi utilizado de uma forma nada fiel às HQs e totalmente sem graça.

Outros personagens sofreram o mesmo tratamento, exemplos da Magenta, Abra Kadara e do Doutor Alquimia.

Todos eles poderiam ter oferecido muito mais à série, sendo que alguns tinham potencial até para ser o grande vilão de uma das temporadas futuras. Com isto, parece que os roteiristas estão simplesmente desperdiçando oportunidades só para preencher alguns episódios da série.

Existe um problema com os trajes em The Flash

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Quando dizemos que existe um problema com os trajes da série, não queremos afirmar que todos eles são ruins, muito pelo contrário! O que queremos dizer é que parece que a galera responsável pela criação dos uniformes está tendo alguma dificuldade em manter a qualidade das produções.

Por exemplo, o novo traje do Flash utilizado no episódio 19 é absolutamente incrível, mas em contraste os uniformes do Rival e até mesmo do Doutor Alquimia estão bastante maus.

Apesar de não ser algo muito preocupante, esta falta de coerência a nível visual acaba distraindo os fãs do que realmente está se passando na telona.

O crossover musical não convenceu

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Algo que pareceu extremamente forçado e sem graça foi o crossover musical entre as séries The Flash e Supergirl que aconteceu no meio da temporada. Para além da história com o Music Meister não ter acrescentado rigorosamente nada à trama, ficou a sensação que o episódio foi apenas criado como desculpa para os atores Grant Gustin e Melissa Benoist cantarem um pouco.

Atenção, não temos nada contra a ideia de um episódio musical, mas não desse jeito. Existiam muitas outras coisas que poderiam ter sido feitas de forma a tornar esta ideia mais interessante.

No final, o episódio foi meio brega e nos deixou um pouco com a sensação de vergonha alheia...

Savitar foi realmente ameaçador

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Um dos pontos altos desta temporada de The Flash foi sem dúvida o grande vilão, Savitar. O velocista malvado foi realmente ameaçador, pois além de super veloz o seu porte físico era bem imponente.

Destaque também para o ator Tobin Bell (conhecido pela sua participação na franquia Jogos Mortais) que fazia a voz de Savitar, algo que conferia ao personagem um aspecto ainda mais assustador.

O único ponto negativo se prende com a revelação da identidade do vilão, pois quando o momento de retirar a máscara chegou, grande parte dos fãs já suspeitava de que se tratava do Barry do futuro.

Senhoras e senhores, um aplauso para a Nevasca

É verdade que todo mundo tem um fraquinho por Caitlin Snow, mas mesmo assim não há como não amar a Nevasca. A vilã roubou o show por completo no episódio 20, onde utilizou os seus poderes de uma forma super criativa (algo que deveríamos ver acontecer mais vezes com outros heróis).

Acreditamos que a transformação de Caitlin em Nevasca é algo que vai ser bastante positivo para o futuro da série. Com o anúncio de que o Arrowverso terá um novo Esquadrão Suicida, será que a Nevasca vai ser uma das escolhidas para integrar o supergrupo de vilões?

A melhor adição da temporada: Julian Albert

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O ator que ficou famoso pelo seu papel como Draco Malfoy na franquia Harry Potter, se juntou esta temporada ao elenco de The Flash. As expectativas eram grandes para ver Tom Felton em ação e podemos dizer que o ator não desiludiu.

Julian oferece algo ao Time Flash que mais nenhum dos outros personagens oferece, um pouco de cinismo e de imprevisibilidade aliados a uma vontade enorme de fazer o que é correto.

O seu romance com Caitilin ficou ainda em aberto, será que haverá futuro para uma relação entre Julian e Nevasca?

É bom ver Wally West crescendo

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Na série, Wally West é um personagem "polêmico", pois enquanto uns fãs o amam, outros o odeiam.

No nosso caso, nós amamos o Wally e reconhecemos toda a sua importância para a série e por isso é bom ver o cara ganhando o seu próprio uniforme e desenvolvendo os seus poderes.

Apesar do seu desenvolvimento, será apenas na próxima temporada que Wally terá o seu derradeiro teste. Será que ele tem o que é necessário para defender os habitantes de Central City?

Flash continua tocando nos nossos corações

Uma das coisas que a série continua fazendo bem é a facilidade com que cria momentos que chegam facilmente ao coração dos fãs. Neste campo os roteiristas têm feito um trabalho exemplar, explorando da melhor forma as relações entre os personagens.

Todos os personagens têm características distintas, algo que faz com que o espectador crie laços com cada um deles. E quando chega o momento de algum partir, fica difícil de não deixar cair uma lágrima.

O final da temporada foi bem feito

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Apesar de toda a temporada ter sido um pouco previsível, o último episódio foi muito bem arranjado. Durante os últimos 40 minutos da terceira temporada, os fãs puderam ver alguns twists, o lado mais humano do vilão e até uma breve aparição de um dos vilões favoritos dos fãs.

Outro detalhe interessante foi o simbolismo que rodeou a morte de Savitar. Durante toda a temporada vimos o Flash tentando salvar Iris West da morte, contudo, no final foi Iris quem salvou o Flash de ser assassinado pelo Savitar.

O papel crucial que Iris teve no desfecho desta temporada acaba por ser bem simbólico, pois num período em que a DC Comics se prepara para lançar o filme da Mulher-Maravilha, vemos outra personagem feminina do universo da editora norte-americana se destacando.

No entanto, o momento mais marcante do último episódio foi mesmo quando Barry se despediu de todo o time para ficar aprisionado na Força de Aceleração, uma cena forte que deixou tudo em aberto para a próxima temporada.

Foi bom, mas não tão bom quanto as anteriores

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A terceira temporada de The Flash merece uma nota positiva, mas apesar disso temos que reconhecer que foi a menos bem conseguida das três. A série perdeu alguma imprevisibilidade e existiram alguns detalhes técnicos que deixaram muito a desejar.

Para além de tudo isso, a adaptação do Ponto de Ignição foi uma grande desilusão, dando a parecer que os roteiristas estão a ficar um pouco preguiçosos no desenvolvimento da trama (já para não falar no número gigante de furos de roteiro que identificamos ao longo da temporada).

Felizmente, The Flash conta com um elenco muito bom e a performance de cada um dos atores acaba por conseguir se destacar no meio das coisas menos bem desenvolvidas desta temporada.

Para a quarta temporada esperamos algo bem melhor!

Atualizado em
Francisco Quintas
Francisco Quintas
Formado em Relações Internacionais, devora dezenas de quadrinhos todas as semanas e ainda sobra tempo para cinema e séries.