Os roteiristas de Vingadores: Ultimato, Christopher Markus e Stepen McFeely, falaram em entrevista ao New York Times sobre os dilemas que tiveram, algumas ideias que deixaram de lado e comentaram sobre os percalços de escrever um final para a Saga do Infinito
Chegar a uma conclusão que fosse ao mesmo tempo surpreendente e épica não foi tarefa fácil para a dupla. Apesar de terem algumas ideias pré-estabelecidas para o que queriam no final, havia muito a se decidir. Confira um pouco do que eles disseram.
Atenção: texto com SPOILERS de Vingadores: Ultimato
Durante a entrevista, os roteiristas revelaram que os roteiros de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato foram feitos quase que de forma simultânea. Uma das grandes questões que os dois precisaram decidir foi em que ponto da história ocorreria o estalar de dedos de Thanos.
O maior ponto foi provavelmente o Estalar de dedos. E logo percebemos que, se não o fizéssemos no final do primeiro filme, ele não teria fim. E se o fizéssemos cedo demais no primeiro filme, seria um pouco anticlimático depois de você ter matado metade do universo para fazer com que eles tropeçassem por meia hora.
Sobre a conclusão dos arcos individuais de cada herói, os roteiristas explicaram que foi um processo de basicamente se perguntar o que aconteceria a cada um deles após um evento traumático como o que foi trazido por Thanos.
Chris(Markus) e eu escrevemos um documento juntos enquanto estávamos filmando Capitão América: Guerra Civil, e uma das coisas que estávamos interessados em explorar é: você se lembra dos quadrinhos do 'E se?'? Bem, este é o nosso 'E se'. Se você perdeu, Thor fica gordo. Natasha torna-se fechada. Steve fica deprimido. Tony continua com sua vida. Hulk é um super-herói.
Markus e McFeely comentaram ainda sobre a dificuldade de usar personagens de Pantera Negra e Capitã Marvel. Segundo os roteiristas, o filme solo de T'Challa e Vingadores: Guerra Infinita estavam sendo rodados ao mesmo tempo.
Não havia muito tempo para ajustar. Não é como se pudéssemos dizer "Depressa, coloque Shuri lá". Começamos [filmando 'Guerra Infinita' e 'Ultimato'], e quando 'Pantera Negra' começou, ainda estamos indo. Eles terminaram. Nós ainda estamos indo. Quando estávamos fazendo as exibições-teste[antes de 'Pantera Negra ser lançado], e o Capitão América diz: “Eu sei conheço um lugar”, e então você corta para Wakanda, o público diz: “Ah, isso é interessante.” Mas quando fizemos esses testes depois que 'Pantera Negra' saiu, tudo que você tem a fazer é o barulho dos tambores e as pessoas surtam. O mesmo problema ocorreu com 'Capitã Marvel'. Filmamos as cenas de Brie Larson antes de seu próprio filme. Ela está dizendo frases para uma personagem 20 anos depois de sua história de origem, que ninguém escreveu ainda. É doido!
Sobre as possibilidades que a viagem no tempo abriu, os roteiristas comentaram uma das ideias que acabou não indo para frente. Na primeira versão, não haveria um retorno para o primeiro filme dos Vingadores, mas para um outro lugar.
No primeiro rascunho, não voltamos ao primeiro 'Vingadores'. Nós voltamos para Asgard. Mas há um momento no UCM, se você está prestando muita atenção, onde o Aether está lá e o Tesseract está no cofre. Estávamos interessados em levar Tony para Asgard nesse meio tempo. Ele teria uma armadura furtiva, então ele seria invisível. E ele lutaria com Heimdall, único que podia vê-lo.
Homem de Ferro vs. Heimdall! Conseguem imaginar?
Vingadores: Ultimato está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.
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