Depois de longas como A Bela e a Fera, que emocionou multidões com sua carga nostálgica, e Malévola, que contou a história da princesa Aurora por outro ângulo, a Disney veio para dar seguimento a esse incrível universo de live-actions. Com nostalgia e animação, chegou a hora de reviver a história de Aladdin.
O filme tinha a missão de, além de recontar e encantar o público mais uma vez, trazer a sensação de familiaridade e conforto ao rever os personagens, só que em carne e osso.
Com uma bela história de amor, lições sobre caráter e momentos que deixam o fã extasiado, Aladdin chega para surpreender e manter o público ainda mais apaixonado pela história.
A crítica não contém spoilers do filme!
O filme começa com Aladdin, que é um rapaz de origem pobre e precisa utilizar de suas artimanhas para conseguir sobreviver nas ruas, além de encontrar o que comer no final do dia. O rapaz passa por tudo isso ao lado do seu melhor e único amigo, o macaquinho Abu.
O personagem conhece uma misteriosa garota, no mercado da cidade fictícia de Agrabah, que é acusada de roubo após ajudar duas crianças com fome. Poderia ser uma história bem simples, se não fosse pelos mistérios que envolvem cada personagem no decorrer da trama.
A garota, na verdade, é Jasmine, filha do Sultão de Agrabah. E é esse fato que empurra Aladdin para uma das maiores aventuras da sua vida após uma troca de favores entre ele e o vilão, Jafar, vizir do Sultão.
No geral
Aladdin cumpre seu papel, apesar de algumas pequenas mudanças que existem no filme para se encaixar em um live-action. São meros detalhes usados para se adequar melhor nas telonas e dar uma história coesa, que faça algum sentido.
Quando Guy Ritchie, diretor do longa, falou que eles haviam trabalhado para deixar o filme mais fiel à animação, de 1992, ele não estava brincando. Aladdin consegue retratar cada parte do original, fazendo com que os fãs mais apaixonados se recordem de cenas e fatos que acontecem na animação.
Uma das coisas que chamam bastante a atenção é a paleta de cores do filme. Os responsáveis por tal trabalho conseguiram mesclar as cores vivas e chamativas do dia em Agrabah com o mistério e a frieza da noite no deserto. Essas duas coisas ornam muito bem e prendem a atenção das pessoas para os mínimos detalhes encontrados em tela.
Outra coisa bastante explorada e que deixa o público animado são os efeitos especiais. Há algumas escorregadas, mas nada que comprometa a experiência do espectador.
As músicas originais estão presentes no filme, dando aquela sensação de familiaridade, apesar de leves mudanças nas letras. A vontade de levantar e cantar com os personagens só de reconhecer a melodia é enorme em diversos momentos.
As novidades adicionadas à trilha sonora são duas músicas feitas especialmente para Jasmine.
Os personagens!
Os personagens são perfeitamente fieis ao que nos foram apresentado na animação. Mena Massoud tem um jeito malandro e cativante, que faz o fã se identificar de cara com ele e lembrar-se do Aladdin original. Sua astúcia e forma de agir são detalhes que te levam à animação de modo instantâneo. Se alguém tinha que ser o Aladdin, essa pessoa era realmente Massoud.
Já Naomi Scott apresenta uma Jasmine mais forte, independente e corajosa. Esse foco na personagem mostra que aquela princesa determinada, já existente na animação, está ali muito mais empoderada e disposta a conquistar muito mais. Ela não veio apenas para ser o par romântico do personagem principal e isso fica bem claro na trama.
Will Smith tinha uma grande missão em suas mãos: tentar homenagear o falecido Robin Williams, que foi o Gênio original na animação. Felizmente, o ator consegue fazer isso com maestria, utilizando de grandes referências de Williams para complementar seu papel, mas sem deixar de lado seu carisma.
O Gênio de Smith funciona porque, além de tudo, nós vemos elementos do ator presentes, moldando um personagem único e cativante.
Marwan Kenzari merece todo mérito neste longa por ter conseguido captar um vilão como Jafar. Apesar de não ser tão parecido com o personagem do desenho, o ator conseguiu trazer a aura negra do feiticeiro vizir do Sultão. Chega a ser animador vê-lo ao lado de Iago, sua ave de estimação.
Conclusão!
O filme funciona bem e consegue cumprir seu papel de homenagem à famosa animação da década de 90. A intenção de trazer a nova geração para essa incrível aventura e agraciar os fãs mais antigos com um filme bonito, repleto de referências que remetem ao passado, é alcançada sem esforços.
Vale a pena assistir ao filme no cinema e se emocionar com o presente que a Disney nos entregou com esse live-action memorável. Aladdin, com certeza, se tornará um queridinho no coração das gerações que tem a animação como referência e aquelas que estão tendo seu primeiro contato com o filme agora.
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